domingo, 25 de maio de 2014

Laços

Eu acreditava que pudesse haver laços inquebráveis. Mas assim como um dia a gente aprende que namoros e casamentos não se sustentam só na base do amor, eu venho aprendendo e me acostumando com a ideia de que mesmo aqueles laços que eu acreditava que fossem feitos de aço, nada mais são do que fitas de cetim, uns nós são mais apertados que outros, mas não é nada que alguns fatores não se encarreguem de afrouxar. E não, não vou pôr aqui elementos que estão fora do nosso controle, como o tempo e o espaço, como os principais vilões contra nossos laços, até porque eles não são os reais culpados por tornarem laços apertadíssimos, de sangue ou de sentimento, trocinhos fáceis de desatar. A arte de manter os laços no lugar está no próprio esforço que as duas partes fazem pra apertar. Eu lhes digo com toda a sensatez que estes muitos tempos têm me dado que de nada adianta eu puxar a minha "orelha" de um laço se a outra permanecer inerte. E se nenhuma das duas for puxada, aí é que o movimento do dia a dia fará o nó desatar pouco a pouco. Alguns laços são tão apertados que podem permanecer muito tempo sem uma "ajeitada" mas quando cada um dos lados vêm e fazem sua parte, o sentimento é de que nada mudou, e talvez realmente mal tenha mudado. Mas há outros laços que se desgantam com mais facilidade, e precisam ser apertados mais constantemente, e não tem nada ver com eles serem mais fracos que os outros, mas talvez com o fato de as duas partes andarem em velocidades diferentes. Mas no fim, o que se tem é que todo relacionamento não depende tanto de muitos fatores que achamos cruciais ou determinantes, como amor, distância ou ligação sanguínea, na realidade, o que mantêm um laço apertado é o cuidado que se põe nele.

--Luana Rôla

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